quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O Bebê de Rosemary

Bem poderia ser tudo aquilo que sai de nós , mas que não correspondeu nossas expectativas: do mais fútil ao mais dramático de todos os sonhos e projetos. A relação terminada, o corte novo de cabelo que ficou horrível, a rejeição de nossos amigos, o descrédito no ambiente de trabalho, a eleição vencida na cooptação de votos, a traição aos nossos princípios éticos, fazer o que não se quer, a empregada que foi embora, aquela sobremesa desejada que naquele dia não tinha, a topada na quina da mesa, o projeto de pesquisa rejeitado, a puxada de tapete de quem menos esperamos....enfim.... Você tem parido muitos bebès?

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Nó Cego

Aquela sensação de sal na carne viva, uma dor que chega a ser física sendo anímica. Estamos aqui, bem no meio desta reserva de mata atlântica, lutando.

domingo, 4 de outubro de 2009

A dor da paixão não tem explicação...a anulação de nossa personalidade pelas imposições familiares e sociais... engolir sapos...com uma certa incredulidade no mundo e principalmente, nas pessoas... verde matizando com o rosa...não sei até que ponto estou a fim de dividir cela com alguem que não tem nada a ver comigo nesta cadeia da vida... creio que estou suportando o contato próximo com no máximo umas 5 pessoas... plantei um sítio no sertão de piritiba, dois pés de guacaíba, caju, manga e cajá... minha cachorra e o não fazer nada o dia todo... comer bolo de pistaches, passas e iogurte....está algo gris.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Cachorro das Entidades

... que bem poderia ser o Cão das Lágrimas de Saramago. Ele nos seguiu desde a saída do maracatu. Nada o assustou, nem o barulho das alfaias, dos agogôs, dos abês, das caixas de guerra... A chuva torrencial que caia sobre Olinda, o lixo do carnaval que nos arrastava nos veios de água que escorriam das ladeiras misturados a urina e Ele lá, persistente desfilando entre os batuqueiros, rei, rainha e calunga do maracatu.
O percurso foi longo e confuso, em alguns trechos, tendo que enfrentar a multidão que insistia em obstruir as ruas naquela euforia etílica e a chuva rompendo a pele dos tambores. Na apoteose do desfile, a subida ao palco da avenida segismundo gonçalves e o Cão lá, tentando subir junto com o maracatu e sendo escurraçado pelos seguranças do palco.
Subimos e quando menos esperávamos, la estava Ele, transitando entre os personagens, se entrelaçando nas saias de Oxalá, Oxum, Iansã e Xangô, participando do evento mais democrático de estas terras: o carnaval.

Reflexões de Cinzas da Quarta

Pensava que a cor verde pertencia àqueles de olhos verdes e que eu não tinha direito a ter esta cor como a minha preferida. Pensamentos de crianças, mágicos, punitivos e restritivos. Na minha infância, via os olhos de minha mãe como se fossem verdes e depois, constatei que eram azuis. Talvez seja por isso que eu nem gosto muito de azul, apesar de combinar bem com minha pele. Eu tambem não tenho olhos azuis.
Nestas pequenas construções infantis é que vamos montando nosso quebra-cabeça de preferências, inserções, marginalizações, aceites e rechaços. Sobrou-me o vermelho para preferir e assim segui na vida, intercalando depois com verde, quando num esforço sobre humano, vi que as cores não são propriedades de ninguem, mas ainda necessito aproximar-me mais do azul porque de verdade me cai bem.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

A ilha maravilha



São Luiz do Maranhão tem algo de mágico. Refiro-me a uma cidade que exala cultura quando se anda por aquela parte histórica da cidade. Embora os casarões, alguns, não estejam conservados, há na cidade, tanto de dia quanto de noite, uma identidade própria, diferente de Olinda, de Ouro Preto, de Salvador(para falar de cidades históricas brasileiras que conheci). O fato do Maranhão ser estado de transição entre o norte e o nordeste conta também.
Muito em breve, creio que aqueles sobrados que hoje se pode comprar com preço relativamente barato custarão caro. Se eu tivesse grana e morasse lá, compraria um daquele para mim, reformaria todo para residência e me mudaria para lá...
Por outro lado, como toda cidade brasileira, o crescimento para outras áreas se deu de forma muito desordenada. Contrastando com todo o bucolismo, poesia e melancolia lusitana do centro histórico, há aquelas amplas avenidas que albergam arranha-céus de luxo para residência tendo como vizinho de terreno uma loja de automóveis. Restaurantes, adegas e cafés compatíveis com os encontrados nas capitais européias e do outro lado da avenida, uma favela.
A parte moderna de São Luiz existe e se fez para quem tem carro. Ir a qualquer lugar ali é longe e arriscado, determinando assim, a força de quem tem a grana para determinar como as coisas tem que ser. Talvez seja esta a principal diferença que exista entre uma cidade européia e uam cidade brasileira: a ausência total de respeito ao transeunte comum, ao cidadão, ao pedestre.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009



Amigos, estou de volta depois de umas merecidas férias. Venho com esperanças de ter sempre energia para continuar publicando palavras e imagens por aqui.